Rodoviária Nacional

Rodoviária Nacional foi a empresa pública de autocarros em Portugal, resultado da nacionalização, em 1975, dos maiores operadores no país; o critério usado para nacionalizar foi o tamanho da frota: mais de 100 veículos. Foram nacionalizadas ao todo 94 empresas rodoviárias. A RN iniciou a sua actividade efectiva a 1 de Junho de 1976, tendo até esta data sido gerida por uma Comissão Instaladora.

Centros Operacionais

Os serviços foram organizados em nove Centros de Exploração de Passageiros (CEPs) de acordo com as diferentes regiões (e operadores nacionalizados) em que a Rodoviária Nacional passou a operar.

Em 1979, o CEP 10 foi criado para gerir as ligações entre Lisboa e na maioria das cidades do país (semelhante à actual Rede Expressos), bem como os corredores de Torres Vedras e Vila Franca de Xira, os dois últimos pertencentes à CEP 6, mas igualmente veículos dos CEPs 4 e 5, que geriam corredores no norte de Sintra e Mafra (5) e no norte de Torres Vedras (4) embora parcialmente, visto que ainda permaneceu após as fases seguintes da Rodoviária Nacional.

Em 1984, o restante dos CEPs 5 e 6 tornou-se na Direcção Regional da Grande Lisboa (DGRL), dividida em quatro Centros Operacionais de Passageiros (COPs).

A secção de carga também foi criada, operando sob diferentes nomes, tais como a RNTrans, para além de Centros de Exploração de Mercadorias (CEMs).

Ultrena

Essa divisão foi criada para gerir outras actividades de empresas nacionalizadas, tais como o negócio de floricultura Arboricultora (de Caneças), empresas de aluguer de automóveis (caso de uma subdivisão da Claras), bem como para gerir as oficinas.

Numeração

A frota de autocarros foi contada com quatro dígitos, correspondendo o primeiro ao CEP onde o veículo foi afetado (se o veículo pertencia ao CEP 8, o número da frota seria 8xxx). Para a frota do CEP 10, o primeiro dígito era um 0 (0xxx), enquanto que no sistema de numeração da DGRL era de três dígitos, precedido pela letra L (Lisboa) ou CS (Cascais e Sintra) (L – xxx , CS – xxx), com a numeração estritamente distribuída pelo fabricante do chassis, conforme listado abaixo:

L: Lisboa

  • 100 – AEC
  • 340 – Leyland
  • 400 – Volvo/outros

CS: Cascais e Sintra

  • 750 – AEC
  • 880 – Leyland
  • 900 – Volvo/outros

RNIP

Com o objectivo de privatizar o operador, em 1990 a RN, EP tornou-se na RNIP, SA (Rodoviária Nacional Investimentos e Participações, SA), e os CEP foram separados da RN da seguinte forma:

  • CEP 1 – Rodoviária d’Entre Douro e Minho, SA (REDM), com sede em Braga;
  • CEP 2 – Rodoviária da Beira Litoral, SA (RBL), com sede em Coimbra;
  • CEP 3 – Rodoviária da Beira Interior, SA (RBI), com sede em Castelo Branco;
  • CEP 4 – Rodoviária do Tejo, SA (RT), com sede em Torres Novas;
  • CEP 7 – Rodoviária do Sul do Tejo, SA (RST), com sede no Laranjeiro;
  • CEP 8 – Rodoviária do Alentejo, SA (RA), com sede em Azeitão;
  • CEP 9 – Rodoviária do Algarve, SA (RA), com sede em Faro;
  • CEP 10 (partes outrora constituintes dos CEPs 4 (em parte), 5 e 6) – Rodoviária da Estremadura, SA (RE) com sede em Lisboa (Casal Ribeiro).
  • DGRL (partes não integradas (no CEP 10) dos CEPs 5 e 6) – Rodoviária de Lisboa, SA (RL), com sede em Lisboa (Avenida do Brasil);

Os Centros de Exploração de Mercadorias transformaram-se na empresa Transporta, Transportes Porta a Porta, SA, com sede em Lisboa. A RN Trans deu lugar à Rodocargo, Transportes Rodoviários de Mercadorias, SA, com sede também em Lisboa.

A Ultrena divide-se e nascem a UIC – Unidade de Indústria Automecânica do Centro, com sede na Sertã e na EIS – Empresa de Indústria Mecânica do Sul, com sede em Lisboa, e à qual passa a estar ligada a oficina da Ameixoeira.

O capital da RNIP continuou a pertencer na sua totalidade ao Estado. A RN preprava-se desta forma para a privatização.

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