Transportes Rodoviários em Torres Novas

Depois do 25 de Abril de 1974, procedeu-se a vários crimes em Torres Novas, sendo um defensor de esquerda até me custa pronunciar que o Partido Comunista Portugues é o maior responsável pela instabilização que se deu nos transportes coletivos quando foi prejudicada a Dinastia Claras de Torres Novas.

Era um conjunto de empresários familiares, que tinham o melhor relacionamento com os seus trabalhadores , todo o lucro que obtinham era para o colocarem ao serviço da empresa fazendo sempre aquisições de novos equipamento e comprando novas camionagens.

Por acaso conhecia a funcionalidade da Empresa, cada familiar tinha uma seção da sua responsabilidade dando o seu máximo que era possível.

Conheci o Sr Guilherme Clara que era o Chefe das Oficinas, tendo passado esse lugar ao seu filho Engenheiro João Clara, que ocupou também no final o lugar de Presidente do Conselho de Administração, foi Deputado e o Presidente do Torres Novas durante muitos anos onde lançou o Futebolista Torres que chegou também a ser mecânico da Empresa Claras.

Conheci o Sr João Claro era uma autoridade de conhecimento e sensibilidade humana dentro da Empresa.

Conheci o Sr Tenente Clara que era o maior responsável do movimento de autocarros.

Conheci o Sr Jose Luis Silva Pinto Clara que era o Chefe de Escritório.

Havia outros familiares cada um com tarefas defenidas.

Havia também um quadro Engenheiro também Clara que era o Diretor da UTIC – União Transportes Industriais de Camionagem, a maior quota era dos Claras, se não fosse a forma como retiraram a camionagem aos Claras essa Empresa ainda hoje existia e assim fechou.

Abordar a dimensão da Empresa Claras terá que se fazer a sua historia sem esquecer de fazer a historia da Empresa Capristano , da Empresa Oliveirinhas de Agueda e Vinagre de Santarém e outras que desconheço e que andavam em conversações para entrarem no Agrupamento de Empresas Claras.

Conhecia bem a história mais que ninguém pela forma que acompanhava e posteriormente ter grande relacionamento com o chefe de movimento da Empresa Capristanos em Lisboa.

Qualquer funcionário da Empresa Claras numa situação de dificuldade era sempre atendido, num empréstimo sem pagamento de juros e descontado no venciomento devidamente acordado e pudesse se suportado.

Das viaturas particulares adquiridas pela sociedade para uso pessoal era carros simples de pequenas cilindradas ao nível cilindrada 1200.

Quando foi a nacionalização veio para o topo da organização uma coordenadora de 12 motoristas todos filiados no PCP.

Depois foi criada uma equipa de gestão que vinham de Lisboa todos os dias já com carros de alta cilindrada.

A comissão Coordenadora de 12 motoristas cada um auferia maior vencimento que qualquer familiar claras.

Depois até as vivendas e lojas e oficinas que existiam para se poder defender o Partido Comunista integrado na organização tudo movia para ser retirado.

Foi constituída os setores da Rodoviária, quando foram privatizados , nunca devia ter sido tirado a família claras, mas quando foram privatizados os serviços a família claras devia ter sido a primeira a ser convidada.

Por : Francisco Nogueira Rodrigues Ermitao

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